É muito fácil julgar. Aliás, o ser humano utiliza o julgamento como uma forma de esclarecer todas as suas dúvidas ou incompreensões, passando a ignorá-las após uma breve reflexão, não sendo de todo fundamentada.
Não há exemplo mais expressivo para analisarmos esta situação, do que o racismo. Este preconceito injustificado, manifestando-se num comportamento discriminatório, é um dos maiores problemas sociais que com o evoluir dos tempos, tem sido alvo de campanhas de sensibilização e de exterminação desta atitude preconceituosa.
Uma voz não é suficiente para calar as restantes. Erradicar o racismo, para além de exigir uma mudança total no pensamento, requer uma transformação radical na forma como interpretamos o Mundo e o vemos, não pelos nossos olhos, mas pelos olhos de quem sofre em silêncio por conta de uma questão que a própria razão desconhece.
Todos nós somos diferentes, criados de maneiras diferentes, vistos pela sociedade de formas diversas que a maior partes das vezes não correspondem à realidade.
O conceito de diversidade cultural não deveria ser um factor de união? Todas as pessoas têm as suas experiências, as suas vivências, uma história para contar que marcou o seu percurso e que, de alguma forma, poderá afectar o nosso.
Ao deixarmo-nos afectar pelo poder da maioria, tornamo-nos influenciáveis e perdemos a nossa capacidade crítica. Uma má experiência, seja ela de que tipo for, não invalida que o ser humano deixe de confiar, de permitir que a multiculturalidade se difunda de forma saudável, apelando à união e não à distância de um planeta que a todos pertence e que a ninguém é exclusivo.
É muito fácil julgar. No entanto, faz com que esse julgamento faça sentido. Diz NÃO ao racismo.
Patrícia Cruz.
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